A Comissão de Estudo Técnico TISS realizou a terceira edição do Implanta TISS – TUSS, na capital paulista, em reunião no Hotel Renassaince, em 19 de março. O destaque do encontro foi a apresentação da nova versão da TISS, a de número 3.0, aguardada pelo mercado e que deverá ser lançada no final de abril, segundo Antonio Carlos Endrigo, gerente geral de Integração Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A nova versão traz algumas novidades, entre elas a rastreabilidade das faturas eletrônicas – que permitirá aos prestadores identificar as guias pagas e as glosadas – e a inclusão das terminologias em saúde e seus códigos unificados nas guias.
Uma Resolução Normativa será publicada pela ANS, anunciando e disponibilizando a versão 3.0 da TISS, além de definir prazos para adequação às novas regras. A partir da nova versão e da validação da futura resolução, todas as guias trocadas entre prestadores e operadoras de planos de saúde deverão ser enviadas para a agência. O objetivo é monitorar melhor a implantação do padrão, segundo os dirigentes da ANS.
Outra medida será a realização de oficinas de treinamento sobre o novo programa, desta vez com especial enfoque nas empresas de tecnologia envolvidas no processo de transferência de dados. “Queremos dedicar espaço para as empresas desenvolvedoras de software, porque a maior parte do TISS diz respeito à tecnologia. Acreditamos que a adesão à nova versão está diretamente ligada ao engajamento destas empresas”, afirmou Endrigo.
Para o representante da Orizon, Sérgio Santos, a versão 3.0 deve ser mais atrativa, porque traz mais benefícios às instituições. Segundo ele, a possibilidade de rastreabilidade das guias é um forte argumento para que o mercado adote rapidamente a nova versão.
TUSS
Até o momento, às vésperas do lançamento, Terminologia Unificada da Saúde Suplementar conta com 108.378 termos codificados. Segundo Antonio Carlos Endrigo, a agência ainda não sabe se vai conseguir lançar a nova versão contemplando todos os códigos, ou se terá que deixar de fora os materiais, as órteses e as próteses. A dificuldade, segundo ele, é a diversidade de fornecedores de cada produto, as combinações possíveis entre os tipos de produtos e a relação desses códigos com a precificação.
Fonte: SINDHOSP