Mobilização pede atualização da tabela do SUS para exames laboratoriais

Sob a coordenação do Grupo de Trabalho sobre Análises Clínicas do Conselho Federal de Farmácia (CFF), profissionais e entidades ligadas à área estiveram reunidos...

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Sob a coordenação do Grupo de Trabalho sobre Análises Clínicas do Conselho Federal de Farmácia (CFF), profissionais e entidades ligadas à área estiveram reunidos dia 5 de agosto, em Brasília, para uma mobilização em favor da atualização da tabela de preços de exames pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

 Os manifestantes se juntaram ao Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, o Saúde+10, que entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, mais de 1,8 milhão de assinaturas de apoio ao projeto de Lei que destina 10% das receitas correntes brutas da União para o SUS.

A revisão da tabela SUS para procedimentos de análises clínicas é considerada pelo setor uma necessidade urgente. “Se nada for feito para atualizar a tabela de procedimentos, a população, infelizmente, correrá o risco de perder em qualidade e quantidade dos serviços prestados”, comentou o coordenador do Grupo de Trabalho sobre Análises Clínicas (CFF) e Conselheiro Federal pela Bahia, Mário Martinelli Júnior.

Atualmente, o valor pago por um exame de glicose, por exemplo, é de R$1,85, que sequer cobre as despesas com a realização do procedimento. “A proposta é envolver todas as instâncias que possam fazer gestão junto ao Ministério da Saúde pela rediscussão dos valores pagos aos laboratórios, o que vai garantir a sustentabilidade e a qualidade desses serviços essenciais aos usuários do SUS”, reforça a também integrante do Grupo, Lenira da Silva Costa, conselheira federal pelo Rio Grande do Norte.

O CFF vai continuar em sua luta, com vistas a sensibilizar as autoridades parlamentares e do Governo sobre a precária situação dos laboratórios. “Há quase 20 anos os procedimentos previstos na tabela não têm a sua remuneração atualizada. O adequado financiamento do Sistema é uma condição fundamental para os serviços oferecidos pelos laboratórios sejam de qualidade”, lembra, Walter Jorge João, Presidente do CFF.

A FEHOESP também apoia a mobilização e esteve representada na ocasião por Antonio Carlos de Carvalho, diretor da entidade.

Movimento Saúde + 10
O Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, o Saúde+10, entregou ao presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, nesta segunda-feira (5), mais de 1,8 milhão de assinaturas de apoio ao projeto de Lei que destina 10% das receitas correntes brutas da União para o SUS, durante um ato político que lotou o auditório da Câmara dos Deputados. A receita corrente bruta é a soma da arrecadação de tributos, impostos, contribuições e outras receitas recebidas pelo Governo Federal.

As assinaturas foram recolhidas pelo Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, o Saúde+10. O movimento é integrado por mais de 100 entidades, entre elas, o Conselho Nacional de Saúde, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O auditório Nereu Ramos, na Câmara, ficou lotado durante o ato de entrega do projeto.

Henrique Eduardo Alves afirmou que a proposta não vai ficar esquecida. “Tenham a certeza: esse projeto aqui não vai ficar engavetado nem ninguém vai sentar em cima dele nesta Casa.

“Todos nós somos usuários do SUS e, por isso, temos o dever de defender que mais recursos sejam destinados ao Sistema. A grande diferença em relação a outros projetos destinados ao financiamento do SUS é que este tem o povo como protagonista”, comentou o coordenador do Saúde + 10, e Presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Ronald Ferreira. Na oportunidade, o Presidente da Fenafar agradeceu a participação ativa do CFF nas mobilizações em favor da saúde pública de qualidade e para todos.

Nesta terça-feira (6), integrantes do Movimento Saúde+10 também iriam se reunir com representantes do governo federal. Henrique Eduardo Alves prontificou-se a compor a mesa de negociações com a presidente Dilma Rousseff para sensibilizar o governo em relação à proposta. Segundo ele, a educação é fundamental para o País, mas, sem saúde, não se tem educação, uma vez que as crianças não conseguem ir à escola.

Fonte: CFF

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