No próximo dia 30, quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) for a Mogi das Cruzes anunciar a lista de projetos regionais contemplados na Agenda Metropolitana, o Alto Tietê pode ter algumas surpresas. Semelhante a outras agendas, prioridades não listadas pelas prefeituras podem ser anunciadas a partir da demanda de projetos já existente nas secretárias estaduais.
É o caso da instalação de um hospital em Suzano. Atualmente há dois projetos em andamento dentro da Secretaria estadual de Saúde: um deles propõe o custeio do funcionamento da unidade que será construída e equipada pelo governo federal na cidade. O outro projeto é a construção de uma unidade, por parte do governo estadual.
“Essa opção (do hospital) está em estudo pelo secretário (de Saúde, Giovanni Cerri), porque tem duas sugestões feitas ao Estado. Essa é uma questão pontual que ainda não se tem uma definição, mas como outros projetos discutidos nas secretarias pode ser incluída. Isso porque as secretarias já vêm discutindo também seu calendário. O que vamos fazer é compatibilizar o que o Estado estava produzindo com os pedidos dos municípios, vamos fazer um encontro de intenções e planejamento”, explicou o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, responsável pela elaboração da Agenda.
O secretário cita como exemplo a Agenda Metropolitana da região de Campinas onde, durante o evento de anúncio dos projetos, Alckmin declarou que o Estado construiria um teatro no município. Embora tivesse sido discutido durante a Agenda, não havia projeto elaborado para o teatro.
“Em Campinas, o governador anunciou o teatro, quando não tínhamos nem custo para o projeto. Ele se antecipou e disse ‘eu dou o teatro’. O teatro foi um pleito, porque Campinas é a terra do Carlos Gomes, era um pleito de muito impacto, então o governador anunciou. E agora estamos correndo para construir o projeto”, detalha.
Por conta desses “novos projetos” que podem ser incluídos, e também porque ainda não foram finalizadas as reuniões individuais com os prefeitos, Aparecido ressalta que não há previsão do valor total que terá a Agenda Metropolitana do Alto Tietê.
“A agenda não é uma camisa-de-força, onde estabelecemos que vai fazer isso e aquilo e pronto. A riqueza da agenda é exatamente construir um cenário até o dia 30 e no dia construir outro, para o futuro. Nas outras agendas houve anúncios fora da lista, coisa que o governo tinha condições de dar. E vai ter muito disso”.
Fonte: Diário de Suzano