Os gastos do setor de saúde suplementar no país devem ultrapassar R$ 80 bilhões em 2030, segundo levantamento do Iess (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).
O número representa uma elevação superior a 35% na comparação com os R$ 59,2 bilhões despendidos pelas operadoras em 2010, devido ao crescimento da população do país e à maior parcela de idosos.
“O envelhecimento da população não vai necessariamente gerar desequilíbrio para o negócio de saúde suplementar”, diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do instituto.
“Haverá uma concentração maior destes clientes, que gastam mais e, consequentemente, pagam mais. O mercado será maior”, afirma.
Com base em números do IBGE, o instituto calcula que o total de beneficiários de planos de saúde poderá crescer de 44 milhões de pessoas, em 2010, para aproximadamente 51 milhões, em 2030, se for mantida a atual participação de beneficiários no total da população.
Para realizar os cálculos, a entidade utilizou a taxa de cobertura para os serviços de saúde suplementar em torno de 20% dos brasileiros.
“Esses resultados justificam o interesse crescente das grandes companhias estrangeiras pelas empresas do setor e da cadeia de saúde no Brasil”, diz Carneiro.
As projeções, que o instituto vai divulgar hoje, não aplicam indicador inflacionário ou de frequência de utilização dos serviços, que é maior no caso de idosos.
Fonte: Folha de S. Paulo