O módulo de capacitação profissional do 17º Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, evento oficial do ClasSaúde 2012, discutiu, na manhã do dia 23 de maio, a dimensão do mercado de trabalho na saúde brasileira.
Para isso, trouxe o palestrante Eduardo Perillo, vice-coordenador da Pesquisa em Regulação Econômica e Estratégias Empresariais da PUC-SP, que destacou o valor do capital humano nas corporações, especialmente nas instituições de saúde.
“A indústria da saúde tradicionalmente não investe em capital humano”, destacou. Para ele, todos têm o mesmo equipamento, a mesma estrutura física, “mas não se investe em capital humano, que, diferente de recursos humanos, gera produção de riqueza”. Isso traz o diferencial para uma organização, já que pessoas capacitadas geram inovação, conhecimento e são capazes de dar retorno ao investimento feito.
Da mesma forma, o papel dos gestores é fundamental neste processo, embora eles próprios sofram com a falta de formação qualificada.
“Se a saúde não consegue atrair mão de obra qualificada, vamos ter que competir com outros setores, que também estão atrás de profissionais de qualidade”, diz Perillo, que vai mais além. “Pessoas fazem diferença, o resto são bens homogêneos. Hoje em dia, só o salário não basta. Todos querem um melhor ambiente de trabalho e possibilidade de crescer profissionalmente”.
Fonte: FEHOESP
Fotos: Neuza Nakahara