Projeto de pesquisa avalia a Leishmaniose no Oeste Paulista

Estudo analisa o perfil epidemiológico da infecção, os dados clínicos, laboratoriais, o tratamento e a evolução de pacientes com o diagnóstico atendidos no HRCerca

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Estudo analisa o perfil epidemiológico da infecção, os dados clínicos, laboratoriais, o tratamento e a evolução de pacientes com o diagnóstico atendidos no HR

Cerca de 90% dos casos de Leishmaniose Visceral Americana (LVA) da América Latina estão no Brasil, de acordo com o Sistema Nacional de Notificação de Doenças (Sinan). No Estado de São Paulo, onde as primeiras notificações ocorreram em 2000 na região de Araçatuba, 1.892 casos foram confirmados até o ano de 2010. No Oeste Paulista, a disseminação da doença começou em Dracena e se espalhou entre os municípios da região.

Para estudar o avanço da LVA na região, um projeto de pesquisa está analisando o perfil epidemiológico da infecção, os dados clínicos, laboratoriais, o tratamento e a evolução de pacientes menores de 18 anos com o diagnóstico e atendidos no Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente entre 2006 e 2010.

O projeto é coordenado pela professora universitária Patrícia Rodrigues Naufal Spir, pediatra especializada em infectologia infantil, com participação da acadêmica de Medicina, Aline Dayse Oliveira Santos e conta com a parceria do Centro de Laboratório Regional – Instituto Adolfo Lutz de Presidente Prudente, através da pesquisadora científica e diretora do Núcleo de Ciências Biomédicas, Lourdes Aparecida Zampieri D’Andrea, com orientação do docente e residente em Infectologia no Hospital Ipiranga, em São Paulo, Luiz Euribel Prestes Carneiro.

“No Brasil, inicialmente descrita em áreas rurais, nas últimas décadas a doença se urbanizou por encontrar ambiente propício graças ao grande número de cães, aos baixos padrões sanitários e ao aglomerado de pessoas. As medidas correntes de controle, baseadas na eliminação do vetor, no tratamento das pessoas e na eliminação de cães infectados, não têm sido capazes de conter o avanço da LVA e de outros agravos como a dengue”, revela Euribel.

Segundo ele, embora muitos indivíduos infectados possam permanecer assintomáticos, a doença pode ser severa e fatal se não diagnosticada e tratada a tempo, atingindo principalmente crianças e idosos.

“A LVA é causada por um protozoário do gênero Leishmania e o vetor do parasita é um flebotomíneo, conhecido na região por ‘mosquito palha’ que se multiplica em seu organismo. Ao picar o cão ou o homem, o mosquito injeta o parasita nesses organismos, que passa a se proliferar”, explica o professor.

Fonte: iFronteira

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