Seminário discute crise na saúde suplementar

9ª edição do evento do SINDHOSP e Grupo Fleury abordou os desafios para o setor

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Avaliar se o setor de saúde suplementar no Brasil está em crise. Este tema conduziu as discussões do 9º Seminário SINDHOSP e Fleury, realizado no dia 14 de abril, na sede do laboratório, capital paulista.
 
Contando com a presença de dirigentes, empresários, representantes do governo e do setor, o presidente do Grupo Fleury, Carlos Alberto Iwata Marinelli, abriu o evento. “Nosso objetivo é promover o debate de temas da mais alta relevância para o segmento de saúde, na direção da real sustentabilidade das nossas atividades e negócios”, afirmou.
 
Yussif Ali Mere Junior, presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, também participou da abertura. “Temos um setor vibrante, que cresceu muito, mas precisamos cada vez mais discuti-lo, porque isso é fundamental para o desenvolvimento do nosso país”, destacou.
 
Também estiveram presentes o vice-presidente do Sindicato e diretor da Federação, Luiz Fernando Ferrari Neto,  e o presidente do IEPAS, José Carlos Barbério. 
 
Contratualização
Na primeira parte do encontro ganhou destaque a contratualização no setor, por meio da lei 13.003/2014 e suas Resoluções Normativas, que definem as regras para esta relação.
 
O gestor do Instituto de Ensino e Pesquisa na área da Saúde (IEPAS), Marcelo Gratão, apresentou os resultados da segunda edição da pesquisa sobre a relação entre operadoras e prestadores na saúde, feita pelo departamento de Assistência à Saúde (DAS) da FEHOESP. Nela, ficaram demonstrados ainda muitas dificuldades para que os serviços de saúde consigam firmar contratos e negociar índices com os planos de saúde.
 
Na sequência, o gerente-geral da FenaSaúde, Sandro Leal Alves, apresentou números das operadoras, indicando que o segmento também tem sofrido com a conjuntura econômica atual. “No ano passado o setor teve prejuízo, com uma taxa de sinistralidade alta. Cerca de 700 mil pessoas perderam seus planos de saúde”, informou.
 
Ao fim do painel, falou a diretora de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Martha Regina de Oliveira. “Depois de 16 anos de regulação e de dois anos da lei, estamos começando a ver ela acontecer. A gente tem que entender que estamos no começo de um caminho e que precisamos ajudá-lo a ser trilhado”, disse.
 
Tributos e TISS
Durante o seminário, Yussif Ali Mere Junior apresentou em primeira mão alguns resultados de uma pesquisa encomendada pela Federação para avaliar o impacto do PIS e Cofins no setor de serviços em saúde, já que o governo pretende aumentar a alíquota. “Um aumento de imposto para o setor viria a prejudicar todos: prestadores, operadoras e só vai aumentar a arrecadação federal”, destacou.
 
O evento dedicou ainda parte de sua programação para tratar da Troca de Informações na Saúde Suplementar (TISS), da ANS, em painel que contou com Claudia Cohn, presidente da Abramed; Marizélia Leão Moreira, gerente de Padronização da ANS; e Sônia Bastos, superintendente da Bradesco Saúde.
 
As participantes destacaram a TISS como um avanço, mas que ainda precisa de aprimoramentos, como reconheceu a gerente da ANS. “Para dar certo, é preciso melhorar a própria terminologia.”
 
Após as apresentações foi realizado um debate com todos os convidados, mediado pelo diretor de Relações Institucionais do Grupo Fleury, Wilson Shcolnik.
 
Veja a cobertura completa do 9º Seminário SINDHOSP e Grupo Fleury na edição de abril do Jornal do SINDHOSP
 
 
Fotos: Leandro Godoi

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