Apesar do fraco desempenho da economia, a produção industrial de equipamentos e produtos médico-hospitalares e odontológicos cresceu 4,1% no primeiro semestre do ano na comparação com igual período de 2013 e subiu 7,6% no acumulado de 12 meses. Houve aumento também de 10% nas vendas (janeiro a maio) e de 3,7% no nível de empregos no semestre, com a geração de 3,3 mil novos postos de trabalho.
Os dados fazem parte de estudo de desempenho do setor realizado pela consultoria econômica Websetorial para a Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed).
Segundo Carlos Goulart, presidente-executivo da entidade, embora o país atravesse dificuldades econômicas, o setor está otimista e prevê fechar 2014 com crescimento entre 7% e 8% – um pouco aquém dos indicadores registrados nos últimos anos, mas acima da média nacional.
Produtos estratégicos para o SUS
O estudo confirma ainda uma tendência já registrada desde meados do ano passado, a de queda nas importações. No total do setor houve recuo de 1,35% em relação ao primeiro semestre de 2013, mas a redução chegou a 12,7% no segmento de aparelhos de raio X e que utilizam radiação – o mais impactado pelas políticas industriais de estímulo à produção local segundo avaliação da Abimed.
“A queda nas importações deste segmento foi de 33% no acumulado de 12 meses. Tudo leva a crer que esses resultados decorrem das parcerias das empresas privadas com o poder público para a fabricação local de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), como aparelhos de ultrassom, raio X, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Elas têm sido responsáveis pelas principais mudanças que estão ocorrendo no setor”, analisa Goulart.