Entidades reúnem-se para debater futuro do setor

Evento Pró-Saúde 2015/Fechando 2014 teve apresentações de Bolívar Lamounier e Eduardo Giannetti da Fonseca

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Para encerrar as atividades do ano de 2014, diversas entidades do segmento saúde se reuniram no evento Pró Saúde 2015/Fechando 2014, que ocorreu no auditório da sede do Grupo Fleury, em São Paulo, no dia 11 de dezembro. O encontro, coorganizado pelo SINDHOSP e FEHOESP, contou com a participação do presidente das entidades, Yussif Ali Mere Jr.

A primeira apresentação do dia foi realizada pelo sociólogo e cientista político Bolívar Lamounier, que discorreu sobre a atual conjuntura política do Brasil. Para ele, 2015 será um ano difícil, por conta principalmente dos escândalos envolvendo a Petrobras. “A estatal deve tomar uma multa de no mínimo 500 milhões de dólares”, revelou.

Lamounier também refletiu sobre o papel que o Bolsa Família teve nas eleições, e como o partido da presidente Dilma Rousseff impediu que o programa seja do governo em vez do partido. “Assim, na eleição, o PT saiu com 20 pontos de vantagem, já que o programa atende 50 milhões de pessoas. É um eleitorado cativo”, afirmou, mas completou: “Mesmo assim a diferença no segundo turno foi pequena”.

Sobre as manifestações da direita na Avenida Paulista, que pedem a intervenção militar ou o impeachment da presidente reeleita, o sociólogo afirmou não crer no golpe, e que não há argumentação jurídica suficiente para a impugnação da candidata.

Na sequência, o economista e colunista do jornal Folha de S.Paulo, Eduardo Gianetti da Fonseca, discorreu sobre o cenário econômico do País. Ele criticou a contabilidade criativa do atual governo, que deverá causar prejuízos futuros.

Fonseca lembrou a todos que o percentual de impostos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país aumentou muito. “Em 1988 era cerca de 24% do PIB, em 2014 chegamos a 36%, o que é um absurdo.” Ele explicou que, considerando o déficit nominal, 41% do valor produzido por toda a economia vai para o Governo Federal. “Mesmo com o Programa de Aceleração do Crescimento 1 e 2 (PAC), que eu prefiro chamar de ‘Programa de Abuso da Credibilidade’, só 2,4% do PIB é investido pelo governo no País”, lamentou.

Logo após as palestras, os presidentes das associações organizadoras do evento participaram de debate. Foram eles: Fábio Arcuri, da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Eduardo Gouvêa, da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), Cláudia Cohn, da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED), Paula Távora, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Irineu Grimberg, da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), além do presidente do SINDHOSP e da FEHOESP Yussif Ali Mere Jr. A moderação foi feita pelo gerente de relações institucionais do Grupo Fleury, Wilson Shcolnik.

Os debatedores chegaram á conclusão que a expectativa econômica para o setor da saúde em 2015 é pessimista, e que será um ano muito difícil para todos os setores. Porém, eles creem que o setor da saúde não deverá sofrer tanto quanto os outros, pois não há como impedir que as pessoas adoeçam.

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