Nova fase de estudo clínico envolveu 6 mil bebês; fabricante promete preço baixo, a partir de 2015
Uma vacina experimental contra a malária protegeu cerca de metade das 6 mil crianças que receberam as doses, na África subsaariana. Trata-se da fase 3 do estudo da vacina, que pretende impedir que o parasita causador da doença infecte, amadureça e se multiplique no fígado, para então entrar novamente na corrente sanguínea.
Segundo Tsiri Agbenyega, líder do estudo e professor da Universidade de Ciência e Tecnologia Kwame Nkrumah, em Kumasi, Gana, os novos dados, publicados no New England Journal of Medicine, confirmam as descobertas feitas na fase anterior do estudo, em 2004, relativas à eficácia e à segurança da vacina.
Os bebês que participaram do estudo clínico, de 5 a 17 meses de idade, receberam três doses do imunizante. Após 12 meses, os cientistas observaram uma redução de 56% no risco de desenvolver a doença comum e de 47% no caso da sua forma mais grave. O risco de efeitos colaterais foi semelhante ao observado no grupo de controle.
“Isso significa que dezenas de milhares de casos de malária podem ser evitados”, afirmou ontem o pesquisador, em Seattle, durante um fórum sobre a doença patrocinado pela Fundação Bill & Melinda Gates.
Andrew Witty, executivo-chefe da GlaxoSmithKline, farmacêutica parceira no desenvolvimento da droga, afirmou que “lutaremos para melhorar a eficácia da vacina. Mas é um bom começo”. Ele também prometeu que o imunizante será colocado no mercado, a partir de 2015, com preço apenas 5% maior que o custo de fabricação.
Fonte: O Estado de S. Paulo