O ministro Alexandre Padilha (Saúde) cobrou ontem na Câmara mais recursos, alegando que Chile e Argentina investem proporcionalmente mais em saúde.
A proporção do investimento público no setor na Argentina alcança 66,4% e no Chile, 47,4%.
O Brasil ficou no patamar de 45,7%, segundo dados do ministério com base em informações de 2009 da Organização Mundial da Saúde.
Para atingir o que esses países gastam proporcionalmente, o Brasil precisaria de mais R$ 45 bilhões (valor considera União, Estados e municípios), diz Padilha.
Até aqui, o governo falava em mais R$ 40 bilhões, sempre fazendo referência à CPMF (extinta em 2007).
O ministro voltou a insistir em mais recursos para a saúde ontem, nas vésperas de a Câmara votar a regulamentação da emenda 29. A proposta definirá quais ações governamentais poderão ser classificadas como gastos no setor.
Apesar de Padilha ter reafirmado que o país precisa de uma nova fonte de recursos, os deputados deverão rejeitar a criação de imposto na votação de hoje. “A possibilidade de criar um imposto hoje não existe”, disse o presidente da Casa, Marco Maia (PT-SP).
No encontro, secretários de saúde de parte dos Estados também defenderam mais verba. Hoje, 16 governadores se reúnem com Maia para debater o tema.
O orçamento da Saúde para este ano é de R$ 77 bilhões.
Fonte: Folha de S. Paulo