Plano antidroga focado na saúde

Aguardado desde o início deste ano, o Plano Nacional de Combate às Drogas será finalmente anunciado hoje. O conjunto de ações prometidas para a área de saúde evidencia a fragilidade do atendimento...

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Aguardado desde o início deste ano, o Plano Nacional de Combate às Drogas será finalmente anunciado hoje. O conjunto de ações prometidas para a área de saúde evidencia a fragilidade do atendimento atual e traz medidas controversas, como o financiamento de comunidades terapêuticas e a ampliação dos consultórios de rua. Os conselhos federais de Medicina e de Psicologia (CFP) questionam o financiamento pelo SUS das comunidades terapêuticas, que são instituições de abrigamento e não de tratamento. As entidades destacam os riscos de violações de direitos humanos. “Em vez de fortalecer os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), querem retornar a um modelo próximo dos manicômios, pautado pelo isolamento e falta de transparência”, diz Paulo Paulo Bicalho, integrante do CFP.

O secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, confirma que as comunidades terapêuticas serão parte da rede de atendimento. E adianta que, para as que oferecem oficinas de arte, de esporte e atividades religiosas, o ministério lançará um edital exclusivo de financiamento de projetos, ainda sem valor definido. As que fazem internações continuarão sendo financiadas, mas por demanda de estados e municípios.

A primeira ponta da rede será o atendimento da Saúde da Família, que terá suas equipes capacitadas para a detecção de sinais de dependência.Uma outra forma de captar o dependente será por meio dos consultórios de rua. Os Caps Álcool e Drogas serão todos 24h, desde que não haja unidades de emergência próximas. Por fim, a rede contará com casas de acolhimento transitório (CAT), destinadas a dependentes que, após o tratamento, não podem retornar para casa. “Creio que seja a terceira ou quarta vez que o governo lança algo que não se desenvolve. Tenta criar um impacto na mídia para lidar com um problema social e médico grave”, critica o psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo Ronaldo Laranjeira.

Fonte: Correio Braziliense

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