Kit para diagnosticar Aids será produzido no país

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem parceria com uma empresa de equipamentos hospitalares para a produção de um kit para o diagnóstico rápido de HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose e hepatite B.

Compartilhar artigo

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem parceria com uma empresa de equipamentos hospitalares para a produção de um kit para o diagnóstico rápido de HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose e hepatite B. A estratégia faz parte da programa Rede Cegonha, que atende gestantes até dois anos após o parto, e pretende economizar R$ 177 milhões em cinco anos. Atualmente, o instrumento usado para teste rápido de sífilis precisa ser importado.

O objetivo do ministério é conseguir aumentar o número de mães que identificam essas doenças ainda no pré-natal e evitar que os bebês tenham sequelas. “Com essa parceria, vamos conseguir produzir em escala e dar conta da necessidade do Brasil.” Como exemplo, o ministro citou a sífilis congênita; anualmente são registrados 19 mil casos. “A sífilis é uma doença de tratamento fácil. O importante é a detecção precoce para evitar problemas inclusive neurológicos no bebê”, explica.

A tecnologia do kit foi desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob a supervisão do Instituto Carlos Chagas e da Fundação Oswaldo Cruz-Paraná. Ele funciona para essas cinco doenças, mas a tecnologia permite incluir teste de até 100 enfermidades no mesmo kit, que pode ser usado por até 100 pessoas. Dois milhões de kits começarão a ser distribuídos a partir de 2014. A expectativa é de que, em 2019, sejam fabricadas 10 milhões de unidades do equipamento.

 “O que torna as empresas daqui atraentes é o fato de compreenderem como funciona o sistema de saúde brasileiro”, disse o ministro, ressaltando em seguida que não adianta imitar experiências que deram certo em outros países, sem entender as peculiaridades nacionais. “É decisivo também para a sustentabilidade econômica do SUS. Não podemos ficar dependendo da oscilação cambial, do mercado internacional”, completa Alexandre Padilha.

Equipamentos
Também foi fechado ontem um acordo de cooperação técnica entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o professor responsável pela parceria, Ícaro dos Santos, a UnB ficará responsável por fazer os testes de segurança e de eficácia para que equipamentos hospitalares, como incubadoras infantis e respirador mecânico, possam pleitear registro na agência reguladora.

O laboratório será montado no câmpus Darcy Ribeiro e deve começar a funcionar em 2014. Ele estará capacitado para testar 35 equipamentos. “A universidade tem a obrigação de produzir pensando em prestação de serviço. A UnB está em uma região política importante, na capital do Brasil, e seria muito desconfortável se não estivesse comprometida com o desenvolvimento da região e do país”, celebrou o vice-reitor da UnB, João Batista de Sousa.

Fonte: Correio Braziliense

Artigos Relacionados...

Últimas Notícias

Desejos para a saúde em 2025

Nações, companhias, organizações da sociedade civil e o próprio ser humano costumam renovar pactos, redefinir estratégias e realinhar objetivos a cada final ou início de

Últimas Notícias

Anvisa: independência ou morte

 “Saber não é suficiente; devemos aplicar. Querer não é suficiente; devemos fazer. Cada momento que adiamos, arriscamos perder o fruto de todos os nossos esforços”.

Curta nossa página

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

plugins premium WordPress
Rolar para cima