Fiocruz vai dobrar fabricação de vacinas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das principais instituições de pesquisa e produção de remédios do País, dobrará para 600 milhões de doses a capacidade de fabricação de vacina.

Compartilhar artigo

Anúncio ocorre no momento em que fundação se habilita para receber financiamento internacional

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das principais instituições de pesquisa e produção de remédios do País, dobrará para 600 milhões de doses a capacidade de fabricação de vacina.

A instituição está negociando com o governo do Estado os termos de um acordo para cessão de um terreno de 550 mil metros quadrados para a instalação do Centro do Processamento Final de Vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos), que estará concluída em cinco anos.

O anúncio da ampliação da capacidade de produção vem no momento em que a Fiocruz se habilita para receber financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates para a produção e exportação de vacinas para países pobres. O Instituto Butantã também disputa a verba.

Uma missão da organização americana esteve na Fiocruz em outubro para avaliar as possibilidades de cooperação. “Há questões técnicas, sobre a vacina que será produzida e a escala de produção. Mas vamos dar um passo muito significativo”, afirmou Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz. “Essa fábrica garante a manutenção do Programa Nacional de Imunização e possibilita a entrada no mercado global e em mercados regionais, dentro da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).”

O projeto prevê uma fábrica integralmente automatizada. “O maquinário é todo involucrado. As pessoas não têm acesso ao equipamento. Significa que todo o produto que sai da fábrica já está certificado”, afirmou. A planta também será flexível – vacinas que têm base comum podem ser produzidas concomitantemente. “A fábrica que nós temos já é bem moderna, mas está duas gerações aquém da que vamos construir”, disse Gadelha. O projeto básico foi concluído e o terreno cedido ficará no Distrito Industrial de Santa Cruz, na zona oeste. O financiamento será do Ministério da Saúde.

Inovação – A Fiocruz também se prepara para tirar da prateleira dos laboratórios alguns dos seus mais importantes estudos. A pesquisa para a vacina tetravalente de dengue avança para nova fase e será testada em três capitais, em 2012. A fundação também licenciou a patente do bioinseticida BTI, que combate larvas dos mosquitos da dengue, malária e filariose. Técnicos da BR3, empresa abrigada na incubadora da USP, receberam as últimas instruções para a transferência de tecnologia no dia 31.

“Estamos no nosso melhor momento”, contou Gadelha.

O bioinseticida está pronto para ser produzido em larga escala. “A formulação é específica para o vetor e, dessa forma, não agride outras espécies”, explica a engenheira química Elizabeth Gomes Sanches. A comercialização deve começar em dois anos.

Hoje a Fiocruz tem 1,4 mil projetos de pesquisa, alguns em parceria com laboratórios internacionais. Um deles é o medicamento para tuberculose que combina em um comprimido quatro drogas. A tecnologia será transferida pelo laboratório indiano Lupin. Também foi assinado recentemente acordo com a empresa alemã Boehringer Ingelheim, para transferência de tecnologia do medicamento pramipexol, usado no tratamento da doença de Parkinson.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Artigos Relacionados...

Últimas Notícias

O sentimento dos trabalhadores brasileiros

William Shakespeare dizia que “a alegria evita mil males e prolonga a vida”. Infelizmente, os resultados da pesquisa State of the Global Workplace, realizada pela

Curta nossa página

Mais recentes

Receba conteúdo exclusivo

Assine nossa newsletter

Prometemos nunca enviar spam.

plugins premium WordPress
Rolar para cima