Estudo reforça risco de contaminação em jalecos

A polêmica envolvendo o uso de jalecos por médicos e funcionários de saúde fora do ambiente hospitalar ganhou novo impulso. Um estudo publicado na edição de setembro do American ...

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A polêmica envolvendo o uso de jalecos por médicos e funcionários de saúde fora do ambiente hospitalar ganhou novo impulso. Um estudo publicado na edição de setembro do American Journal of Infection Control concluiu que germes perigosos podem se esconder nos uniformes de médicos e enfermeiras.

Pesquisadores do Shaare Zedek Mecical Centerin de Jerusalém fizeram culturas de três manchas de uniformes de 75 enfermeiras e 60 médicos trabalhando num hospital com 550 leitos. Patógenos potenciais (conhecidos também como agentes infecciosos ou germes) foram encontrados em 63% dos uniformes. Também foram encontradas bactérias resistentes a antibióticos em amostras de 14% dos uniformes das enfermeiras e 6% dos uniformes dos médicos. Oito das culturas se desenvolveram como Estafilococos aureus resistentes à meticilina.

Não foram observadas diferenças substanciais entre os uniformes de médicos e os das enfermeiras ou entre as equipes dos departamentos médicos e cirúrgicos. No entanto, a taxa de contaminação com patógenos resistentes a antibióticos foi maior em roupas que eram trocadas a cada dois dias, em relação às trocadas diariamente.

Não lavar as mãos com frequência pode contribuir para a propagação da bactéria, disseram os autores do estudo, acrescentando que ela pode ser transmitida a pacientes por outros meios e não apenas pela roupa. Observaram também que, embora muitos médicos e enfermeiras que contribuíram para o estudo achassem que seus uniformes estavam perfeitamente limpos, nem sempre esse era o caso.

“É importante colocar os resultados do estudo numa perspectiva”, disse Russell Olmsted, presidente da Associação de Profissionais de Controle de Infecções e Epidemiologia. “Qualquer roupa que seja usada por humanos ficará contaminada por micro-organismos. A pedra angular da prevenção contra infecções continua sendo a higiene das mãos para evitar o movimento dos micróbios dessas superfícies para os pacientes.”

Os autores notaram que lavar a mão mais vezes ajuda no controle das bactérias nos uniformes, assim como a troca de uniformes limpos diariamente e a lavagem adequada da roupa. Os autores mencionaram ainda que jalecos de manga curta também podem oferecer uma proteção extra. (Los Angeles Times)

Lei de SP prevê multa de R$ 174
O uso de jaleco ou avental fora do local de trabalho está proibido no Estado de São Paulo desde junho, quando a lei foi publicada no Diário Oficial do Estado. A infração está sujeita à multa – estipulada em 10 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, ou seja, R$174,50, atualmente. Em caso de reincidência, o valor da multa será dobrado.
 

Fonte: O Estado de S. Paulo

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