No primeiro semestre deste ano, delegacias da cidade registraram cerca de 40% a mais de batidas fatais no trânsito
O trânsito em São Paulo está mais violento neste ano. Nos seis primeiros meses de 2011, as delegacias da cidade registraram 378 boletins de ocorrência de acidentes com morte. No mesmo período de 2010, o número foi de 269. O aumento é de 40%.
Desde 2007 não havia tantos registros de colisões, capotamentos ou atropelamentos com pessoas mortas. Casos como o do Porsche que bateu num Tucson no Itaim Bibi, em julho, mobilizaram a opinião pública. Na ocasião, a motorista do utilitário, a advogada Carolina Cintra Santos, 28, morreu.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública ainda não dispõe de dados de agosto e setembro. Nesses dois meses, outros casos chamaram a atenção por sua violência.
Um deles ocorreu no sábado passado: Bruna Baltresca, 28, e sua mãe, Miriam, 58, foram atropeladas na calçada do shopping Villa-Lobos. O bibliotecário Marcos Alexandre Martins, 33, diz ter perdido o controle de seu Golf. A PM diz que o motorista aparentava estar alcoolizado. O advogado dele nega.
Número de vítimas
Os dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública não registram a quantidade de mortes em cada um dos acidentes, apenas o número de acidentes com morte.
O número de pessoas que perderam a vida no trânsito neste primeiro semestre, portanto, pode ser bem maior. O balanço de mortes no trânsito é feito no final do ano e deve ser divulgado apenas no início do ano que vem.
“Metade dos acidentes acontecem porque as pessoas estavam alcoolizadas. Outra parte considerável é por excesso de velocidade”, afirma o capitão Paulo Oliveira, comandante do policiamento de trânsito na cidade.
Além da campanha de respeito ao pedestre, ampliada ontem para toda a cidade pela prefeitura, a PM vai iniciar um trabalho de conscientização de trânsito a partir do mês que vem. Haverá visita a escolas e divulgação via internet para tentar reduzir o número de acidentes.
Fonte: Folha de S. Paulo